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Diário do "bipolar"

"Diário do amor, em parcelas escritas de lágrimas, silêncios e ânsias. O tempo igual ao de todos, pincelado de saudade e esperança. A luz que surge no caminho. Viver. Cair e levantar. Em cada dia."

Diário do "bipolar"

"Diário do amor, em parcelas escritas de lágrimas, silêncios e ânsias. O tempo igual ao de todos, pincelado de saudade e esperança. A luz que surge no caminho. Viver. Cair e levantar. Em cada dia."

22.02.18

A minha tela


Lindolfo Cunha

Não sei onde começou, sei só onde está.

Impossível esconder um sentimento que me rasga o peito, esmiúça-me a alma e que me leva novamente para uma infância. Tudo era perfeito lá, hoje é perfeito.

Não sei qual é o teu segredo, não o quero descobrir. Prefiro viver hoje na minha ignorância, sem o medo, sem tudo o que me leva para trás.

Sinto-me patético, eufórico, tento a todo o custo manter ao nível de um adulto.

É difícil.

Apanhaste-me de surpresa, assustaste-me. Que susto tão agradável.

 

Permaneceste.

 

Não te importaste por estar sujo de tinta, ouviste a minha história e ficaste ao pé de mim. Sentaste-te ao meu lado e ficaste a admirar a minha tela.

Foi ao pintar a minha história naquela tela gigantesca e colorida contigo ao meu lado que percebi. Tinha uma cor que lhe estava em falta. A mais importante de todas.

A tua.

 

pexels-photo-697673.jpeg

Foto de: Ylanite Koppens 

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